E em que Camões
chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Lendo e pensando nestas palavras começo a escrever palavras.
Lácio é uma região da Itália onde se falava o
latim. Muitas línguas derivaram do latim
e a língua portuguesa foi denominada por Olavo Bilac como a “ÚLTIMA FLOR DO
LÁCIO” – último idioma que nasceu do Latim. Na profundeza das palavras de Olavo Bilac percebo
a expressão rica da contribuição cultural na constituição de uma língua e a
beleza da identidade da língua de nosso Brasil. Uma língua carregada de
história, de sabores e de saberes.
PALAVRAS SÃO PALAVRAS...
Com elas escrevo e traduzo o recôndito da
alma;
Com elas falo os sentimentos mais belos e
puros do coração;
Com elas vou a lugares jamais pisados;
Com elas posso dar sabor ou tirar o sabor da vida
humana;
Com elas construo a vida ou machuco o que é
mais nobre do coração das pessoas...
O que são palavras?
Palavras... são imãs e tem raízes
Palavras são metáforas carregadas de sentido
Palavras são reflexos da beleza, vigor e
ternura da alma.
Palavras são palavras que abrigam o desejo de
ser e estar por inteiro na vida;
Palavras são retratos do significado que
damos ao que é mais precioso dentro e fora de nós.
Caetano Veloso canta palavras e recorda da
“Última flor do Lácio”.
Nós, educadores e gestores na educação,
precisamos recuperar a beleza, a ternura, o vigor da palavra que educa para
aprender o eterno movimento de simplesmente ser com intensidade a palavra
falada, escrita, cantada, revelada.
Feliz encontro com a sua PALAVRA que brota do
recôndito da alma.
Abraços, Eliane Azevedo
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