terça-feira, 24 de dezembro de 2013

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA VÉSPERA DE NATAL


Hoje, véspera do Natal, fui surpreendida com um menino sentado na esquina da minha rua. Ele
(cf. google imagem)
cantava “Se esta rua, se esta rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, para ver, para ver o meu amor passar”.  Parei diante dele e observei que ele estava com várias revistinhas em quadrinhos. Impressionada com a voz do menino e as revistinhas em sua mão, parei e disse “Bom dia! Que alegria ouvir você cantando”. O menino sorriu e entregando em minhas mãos uma revistinha disse “Um presente de natal para você. O Menino Jesus que mandou”. Agradeci com um beijo carinhoso em sua testa e ele expressou “Estou vendendo as revistinhas para ganhar dinheiro e viajar pelo mundo”. Perplexa afirmei “Viajar pelo mundo!”. Ele exclamou “Sim. Viajar pelas ruas cantando uma canção para que as pessoas possam escutar com o coração e ter alegria”.  Sensibilizada pelas suas expressões, sentei-me ao seu lado e começamos um rico diálogo.  Este menino chamado Vicente, de oito anos de idade, vendia as revistinhas e vislumbrava um futuro melhor para o coração das pessoas, apontando um cenário de sucesso na vida.  O anjo que anuncia o nascimento de Jesus veio ao meu encontro na pessoa do Vicente.
Quando comecei a folhear a revistinha com os famosos personagens “Mônica” e “Cebolinha”, Vicente comentou “Estes personagens são famosos há muitos anos e esta revistinha é da coleção que ganhei dos meus pais”.  Fui recordando  que Maurício de Souza criou os personagens “Cebolinha”  e “Mônica” na década de 60. Uma história de sucesso que continua até os dias atuais.  Personagens que Maurício apresentou ao mundo para contar “histórias” e histórias lidas por milhares de pessoas. Assim, pensei que a história de Vicente poderia também ser compartilhada com outras pessoas.

Diante do menino Vicente pensei: “O que é viajar pelo mundo vendendo revistinhas nas esquinas das ruas?” E no momento de silêncio que se instalou, ele começou a cantar “Se esta rua, se esta rua fosse minha, eu daria, eu daria muito amor... para ver, para ver o meu amor passar”. Vicente estava falando da escuta do coração humano que encontra o sentido do viver viajando pelas ruas da vida. Vicente é um anjo escolhido para nos dizer que o sucesso da vida está em “espalhar de forma interativa os valores que dão sentido ao viver humano”.

Que nós possamos reconhecer nas revistinhas em quadrinhos da rua de nossas vidas a profundidade do viver viajando pelo mundo, cantando o desejo de um futuro melhor dentro de nós e de cada pessoa. Este é o sucesso maior que alguém pode alcançar. O Sucesso dentro de si mesmo que traz o brilho no olhar e revela que o “amor” é fonte de vida e a vida é alegria no coração.

Seja feliz hoje e sempre! Viva intensamente cada momento da vida e cante com os “anjos”  “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.
Abraço, Eliane Azevedo
Vale a pena apreciar http://www.youtube.com/watch?v=MgutCyCINko

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EDUCAÇÃO PARA O SENTIR

(cf. google imagem)
A educação é um processo de potencialização do que há de mais nobre  dentro do ser humano.
A educação para o sentir envolve o cuidado com a essência do que existe dentro de nós para um contínuo desenvolver as competências intelectuais, relacionais, técnicas...
Hoje se  fala muito em competências e habilidades!
Hoje se  fala muito em análise de textos e contextos!
Mas, ainda se fala pouco do educar para o "sentir" a beleza mais nobre do ser pessoa que se dispõe para aprender em todas as situações do cotidiano.
Textos...
Contextos...
E no texto e contexto da vida emerge a liberdade de ser um ser que deseja ser melhor a partir da sua essência.
Qual é a sua essência?
Com quem você pode compartilhar a leveza de ser quem você é?
Educadores!
Os educandos esperam de nós um olhar diferenciado, um olhar que aponte para a essência do ser aprendiz e um olhar cuidadoso para acolher as diferenças que brotam dos sentimentos comuns.
Sentir a essência é a experiência encantadora de ser livre como a criança que sorri, que abraça e tem coragem de perguntar "por quê?"
Sentir a essência eleva  o nosso coração e a nossa mente para o verdadeiro sentido da vida - ser e amar, contribuindo para que o mundo seja mais humano e divino.
O quartzo rosa é a pedra do amor incondicional e da paz.
No quartzo rosa está a essência do sentido do viver humano: o cultivar um amor que se faz entrega corajosa  para o bem do outro, da outra, dos outros.
No quartzo rosa está a chave do aprender a sentir a vida com inteligência e felicidade.
A educação para o sentir é um caminho para o amadurecimento dos afetos, da cognição e da comunicação de todos os aprendizados para conquistas saudáveis na vida.
Educadores!
Sejamos instrumentos de  "cuidado" com a essência do ser pessoa humana em constante desenvolvimento.
Boa reflexão e o meu abraço aprendiz.
Eliane Azevedo

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A LIBERDADE DO APRENDER A VOAR

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Richard Bach na obra "Fernão Capelo Gaivota"  apresenta a travessia do voo de um aprendiz.
O autor escreve sobre uma gaivota diferente de todos os outros pássaros. Ela está preocupada com a beleza do voo e em superar os limites. Na travessia do voo ela sofre um acidente, morre e é na dor que conhece o paraíso e  compreende a grandiosidade da liberdade interior para voar, amar e perdoar. A metáfora do voo é magnífica e provoca uma reflexão crítica para acreditar nos próprios sonhos, buscar o que se quer, fixar os olhos na meta e ter a coragem de ser fiel no que acredita e em quem acredita, mesmo que os outros não entendam, julguem ou conspirem contra o que  gratuitamente deseja  para alcançar para o bem comum.
Na sociedade atual marcada pela velocidade das informações e pela complexidade nas relações interpessoais é essencial o desenvolvimento da coragem de ser livre e buscar propósitos mais nobres na vida. Fernão, uma gaivota banida do bando, um pássaro que tem valores profundos para o viver e o conviver. Um pássaro que experimenta o silêncio, a dor e a liberdade. Um pássaro que experimentou a tristeza por não poder compartilhar os conhecimentos adquiridos com o processo de treinamento cotidiano, mas que soube aprender a alegria que só quem tem os olhos fixos na meta pode compreender. O ser humano é um eterno aprendiz da simples arte de compartilhar sonhos e lutar para uma transformação pessoal e coletiva que revele ao mundo o sentido profundo do nascer – viver – morrer – renascer.
Creio que no processo  de aprender a voar  é importante: a consciência de si - limites e potenciais;  definição da  meta a ser alcançada;  coragem para a superação das contrariedades e contradições - barreiras relacionais; paixão  e treinamento de novas técnicas para aprimorar o voo  no encontro consigo,  com os outros, com o mundo e com  Deus - Transcendente; cultivo de valores e atitudes edificantes: persistência - amor - perdão - cura - libertação - doação; celebração da vida com fé e busca contínua do aprendizado de voar para além de si e da superficialidade da existência; foco no sentido da vida e nos valores mais nobres do viver e conviver. Enfim, paciência inteligente, doçura e disciplina interior pode nos levar a voos maiores e a concretização de nossos sonhos. Não percamos tempo com a ignorância que nos fixa no materialismo da existência, mas vamos sonhar juntos com o valor maior da VIDA - o amor gratuito que se faz gesto firme e terno para que as pessoas sejam mais felizes na travessia do próprio ser em relação com os outros.
Transcrevo algumas frases do livro e da música Be - Neil Diamond apresentada no filme "Fernão Capelo Gaivota":
  • "Você tem a liberdade de ser você mesmo, você de verdade, aqui e agora, e nada pode impedir o seu caminho".
  • "A liberdade é a essência de todo ser".
  • "A única Lei verdadeira é a que nos liberta".
  • "Você tem que praticar e ver o bem em cada  um e ajudá-lo a  ver também. É isso que significa amar".
  • "Como uma canção em busca de uma voz que é silenciosa. E o Deus Sol dará sentido ao seu caminho. O Deus sol comporá o seu caminho".
Educadores! Vamos reler a  obra de Richard Bach e  repensar a nossa proposta de educação integral do ser humano!
Desejo uma feliz reflexão para você.
Abraços, Eliane Azevedo

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

UM NOVO BRINDE AO APRENDER

Passeando pelo parque deparei com um jovem de quinze anos e ele começou a falar do livro "O Menino do dedo verde". Em seguida comentou que a sua professora pediu para que a turma escrevesse um poema sobre o tema "aprender".
Começamos um diálogo interessante e assim emergiu os versos abaixo.
(cf. google imagem)
 
UM NOVO BRINDE AO APRENDER
 
Na dinâmica de aprender a viver
somos desafiados para o conhecimento do "eu" e do "nós.
 
Nos desconcertos da existência
descobrimos tesouros belíssimos, reconhecemos que somos  eternos aprendizes
da sabedoria e do cuidado com a vida.
 
Um novo brinde ao aprender
emerge da coragem de ser  e  do vir-a-ser.
 
A educação é uma arte e a arte de aprender
está na capacidade de perceber o que existe na essência do viver.
Nesta trajetória de surpresas
o ser humano debruça sobre questões existenciais
e começa a navegar com o foco no sentido do viver.
 
Um novo brinde ao aprender
é uma comemoração da vitalidade e do sonho
de um mundo mais humano e de solidariedade.
 
Segure a taça do aprender
eleve suas mãos para o alto
e descubra que somente pode brindar pelo aprender
aquele que se dispõe para um aprendizado colaborativo.
 
Professores e professoras! Escutem os adolescentes e jovens!
Eles aguardam um diálogo confiável para  revelarem o que são e se surpreenderem consigo e com os outros. Surpresas inteligentes  e saudáveis.
 
Abraços, Eliane Azevedo

sábado, 27 de julho de 2013

CULTURA DO ENCONTRO

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A cultura do encontro é sustentada pela seiva do diálogo sincero e construtivo.
Vivemos uma época de valores diversos atravessando as relações interpessoais e uma época gritante pelo desenvolvimento da cultura do encontro que promove atitudes de partilha, escuta, respeito, diálogo, solidariedade e acima de tudo amor gratuito.
 
O encontro acontece quando o ser humano se dispõe para tocar a vida do outro e a sua vida com consciência ética, buscando a sacralidade do existir e o cuidado com o essencial.
 
O encontro, na cultura da descartabilidade,  sufoca e destrói o sentido do viver humano.
 
O encontro, na cultura da vida, promove os laços que sustentam o amadurecimento saudável da pessoa humana em todos os momentos e circunstâncias. Assim,  o diálogo nasce dos corações e mentes corajosas para cultivar a riqueza do olhar nos olhos e estar face a face no processo de aprender a SER  melhor no mundo em que  se vive.
 
Muitos escritores, ao longo dos séculos, apresentam as palavras coroadas pela vinculação das letras.
 
Cecília Meireles nos brindou com os seus versos:
 
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.
 
Na brilhante obra de Saint-Exupéry, o  Pequeno Príncipe fala das estrelas iluminadas...
 
"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
 
Reinventando a vida, nós podemos aprender a docilidade dos sonhos para  seguir o rumo das estrelas!
Reinventando a vida com amor nós podemos realizar a revolução do AMOR que vence todos os obstáculos e "sofrimentos". Unamos nossas vozes para cantar um hino ao AMOR que faz novas todas as pessoas no Planeta Terra.
 
Pensemos no céu maior e mais profundo!
Com Cecilia Meireles e o Pequeno Príncipe deixo  o sorriso das estrelas para os amigos leitores.
 
Eliane Azevedo

domingo, 7 de julho de 2013

GESTÃO COM PESSOAS NO TEMPO DE APRENDER


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Na Era do Conhecimento, os gestores educacionais são desafiados para a compreensão da dinâmica do aprender de maneira colaborativa para uma tomada de decisões que possibilite a expansão da rede de relacionamentos e a obtenção de resultados frutíferos nas instituições educacionais.

Hoje, refletindo sobre a "arte" de conectar com as pessoas  e  o processo da  gestão com pessoas relembrei do poema belíssimo de William Shakespeare que descreve  depois de algum tempo você aprende.... Estas palavras expressam que o mestre de tudo na vida é o TEMPO e que tudo tem um começo, um meio e um fim. TEMPO E TRAVESSIA são duas palavras que trazem uma inspiração significativa para aprender a ler as pessoas e as situações de maneira contextualizada e criativa. Tempo, travessia, aprendizado, colaboração, criatividade e iniciativa constituem um bloco de pensamento sobre a importância da gestão com pessoas na era do conhecimento.

As inovações empreendidas pelos líderes de sucesso são ancoradas:

·         na experiência de lidar com a realidade e perceber que tudo pode ser modificado – transformação a curto, médio e longo prazo;
·         na ressignificação do passado para seguir com serenidade o processo de enfrentamento de crises e conflitos – amadurecimento pessoal e profissional;
·         no estabelecimento de conexão com as pessoas e a sociedade – manter a “antena ligada” e avançar com novos empreendimentos;
·         no reconhecimento do potencial das pessoas e na priorização de metas que respondam a tríade – demanda – necessidade e desejo;
·         outras reflexões emergem da inserção de cada pessoa na sua realidade.

Boa reflexão e leitura do poema de Shakespeare.

Abraço de aprendiz, Eliane Azevedo


William Shakespeare e o seu pensamento sobre o APRENDER:

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

domingo, 23 de junho de 2013

A FILOSOFIA NAS RELAÇÕES HUMANAS


Hoje pensei em cultivar um tempo de silêncio e ler algo de filosofia. Olhei para a estante e deparei com um livro de filosofia do Ensino Médio. Comecei a leitura e pensei Como será uma viagem em terras distantes e desertas? Como os jovens vivenciam a experiência de estar só no meio de tantas informações, atropelos e velocidade?  
Fechei o livro e resolvi sair em busca de uma estrada que conduzisse ao silêncio-deserto. Neste espaço recordei que a filosofia é um conteúdo nos currículos escolares e que a educação para o pensar precisa possibilitar uma reflexão sobre a busca humana pelo sentido do viver no chamado tempo da “modernidade líquida”. Encontrei uma pessoa na estrada e ela me disse “Estou só com o meu pensamento”. E escutando-a pude escrever algo sobre a experiência de deserto nas relações humanas.
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O ser humano quando mergulha no mais profundo de si percebe que tudo na vida é passageiro e que em muitos momentos é preciso cultivar a experiência de deserto.
No deserto experimenta-se o vazio, o estar só, o sofrimento de andar, andar e não vislumbrar a água que sustenta um novo encontrar-se e encontrar com as pessoas. No deserto experimenta-se a condição humana da fragilidade e a luta para não aceitar a realidade tal qual é. A terra do coração e da mente humana começa ficar sedenta das águas que refrescam, suavizam e sustentam a novidade do caminhar com esperança no mundo de incertezas. Caminha-se quilômetros e não se vê nada. Caminha-se quilômetros e não se ouve nada... Todos os seres vivos estão ausentes. Noites e dias caminha-se no calor da busca.  Pronto! O ser humano entra no deserto e não tem outra saída a não ser viver este tempo com o sonho de sair do deserto com uma nova face, um novo pensar e sentir, um novo olhar para si, para a natureza e para todas as pessoas.
Mas, o deserto se transforma no espaço-tempo de encontro com a força interna para o redirecionamento da vida por meio de escolhas do que vale a pena e do que importa viver.   Zigmund Bauman definiu tudo o que é passageiro, imediato, supérfluo no termo “modernidade líquida” e o filósofo Gaston Bachelar escreveu “eu sou o limite de minhas ilusões perdidas”.  Assim, nós somos o limite das nossas buscas sem sentido e precisamos retomar o passo do sentido do viver humano com a beleza de ser o que somos e aprender a superação do caminho do deserto, sempre que ele for necessário para o nosso crescimento pessoal e social.
Educadores, nós somos chamados para uma educação criativa e reflexiva no mundo atual e para ajudar as crianças, jovens no aprendizado de que “tudo tem o seu tempo e a sua hora”. A geração presente e  futura precisa de uma educação reflexiva!!!
Cultive um momento de reflexão.  Deixe fluir algo criativo em seu viver e agir.
Abraços, Eliane Azevedo.

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

SINTONIA NA COMUNICAÇÃO

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Nas escolas, nas famílias e em todos os espaços do viver humano precisamos escutar a voz dos gestos, a voz do silêncio e a vibração alegre na sintonia da comunicação.
 
Os gestos falam o que o coração cala.
Os gestos falam o que o coração sente.
Os gestos falam o que a mente pensa.
Os gestos  revelam uma sintonia ou uma desarmonia.
E os gestos são gestos...
 
Uma criança diante de uma flauta disse "eu não sei tocar flauta, mas vibro de alegria quando ela toca". Assim é na comunicação humana, nós vibramos de alegria quando sentimos a sintonia na comunicação. Mesmo com a "fluidez de sentimentos" na época atual, a sintonia é preciosa e é uma riqueza imensa quando cultivada.
 
No mundo em que vivemos, com tantos atropelos e informações, podemos vibrar com a profundidade do viver e cultivar a sintonia com o "belo" que emerge no silêncio, nas palavras e nos gestos.
 
Escute o som de uma flauta! Vibre com a sintonia dos sons e sorria para o que importa no mais profundo de seu coração.
 
Desejo a você  uma feliz sintonia na comunicação.
Abraços, Eliane Azevedo

quinta-feira, 21 de março de 2013

ENIGMA NA EDUCAÇÃO



Hoje, fiquei surpresa com uma pessoa especializada em educação. Ela falava sobre os "Enigmas" e a Esfinge da mitologia grega.

O que são enigmas?
Um mistério a ser desvendado, decifrado!

Paulo Freire em outras palavras escreveu "a leitura do mundo precede a leitura da palavra".

O aprendiz aprende a leitura da vida buscando respostas! E as respostas devem ser uma construção mútua de quem aprende sem medo de responder o que se tem na alma.

O processo de conhecer na dinâmica da vida é um quebra-cabeça!
Assim, o Édipo Rei de Sófocles pergunta sobre o "enigma da esfinge, decifra-me ou devoro-te": Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?


Cf. google imagem
 

A literatura retrata que Édipo respondeu assertivamente "É o ser humano. Engatinha quando bebê, anda sobre dois pés quando adulto e recorre a uma bengala na velhice".

Pensando na arte de aprender a conhecer, podemos relacionar com o processo de retorno interior - uma volta para dentro de si e uma conquista espontânea do autoconhecimento. Somos um mistério insondável e pouco a pouco alcançamos a maturidade para a leitura pessoal e interpessoal. Uma leitura que ultrapassa as palavras faladas e escritas. Uma leitura da simbologia que só a alma pode decifrar.
 
Quem não busca respostas e não aprende a arte de  dar respostas será "estrangulado" pelo próprio interior, pois ficará detido e bloqueado por si mesmo!
 
A Esfinge... nos faz pensar na capacidade de ir além da simples leitura de palavras e avançar na grandiosidade do autoconhecimento e do conhecimento das outras pessoas.
Uma resposta é universal "Sou humana, sou humano". O ser humano é o que somos e esta consciência nos ajuda na travessia da vida com humildade, flexibilidade e coragem de aprender em todas as circunstâncias.
 
Somos educadores aprendizes e precisamos aprender a arte de decifrar o eu, o nós - SER HUMANO.
Uma educação reflexiva e interativa pressupõe um olhar para o insondável "Ser Humano".
 
Vamos decifrar o coração da vida ?
Uma feliz caminhada interior para você.
Abraços, Eliane Azevedo

Fonte: www.linhadireta.com.br coluna Eliane Azevedo

domingo, 3 de fevereiro de 2013




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PEDAGOGIA DA PRESENÇA NA REDE DE RELAÇÕES

Eliane Azevedo*

A sociedade atual marcada pela velocidade, instantaneidade e fragmentação das relações interpessoais desafia os educadores para uma pedagogia da presença na rede de relações educacionais. De um lado o desejo de proximidade, de escuta atenta da vida do outro ser humano e de outro lado a descartabilidade que gera o vazio existencial. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, na obra “Amor líquido” apresenta uma reflexão interessante para o cultivo da proximidade e a saída do narcisismo que aprisiona a alma humana. Transcrevo a citação de Bauman “Aceitar o preceito de amor ao próximo é o ato de origem da humanidade. [...] Amar o próximo pode exigir um salto na fé. O resultado, porém, é o ato fundador da humanidade”.

Um salto na fé exige a coragem de VER – ESCUTAR – SENTIR o que está para além de si e abre horizontes para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo.  As crianças e adolescentes desejam uma proximidade fecunda para não serem consumidos pelos meios de comunicação social que muitas vezes cristalizam atitudes de fechamento ao encontro face a face.

Ouvindo uma adolescente, nesta semana, pude reconhecer na adolescência atual o desejo gritante para interagir com as pessoas de uma maneira próxima e dialogal. A sua demanda central “Ninguém tem tempo para ouvir o que quero falar, meus amigos não olham nos olhos e ficam apenas frente aos celulares, no facebook...”. A mídia favorece a criação de uma rede de relacionamentos, mas o vazio existencial clama por uma proximidade humana e uma pedagogia da presença na vida do outro.

O que vem a ser a pedagogia da presença na rede de relações?

Uma maneira de tornar-se presente na vida das pessoas como seres humanos e não como objetos, cultivando a capacidade de escutar, ver, sentir a vida na sua essência e na magnitude do desenvolvimento humano nas dimensões física, psíquica, cognitiva, afetiva, espiritual e relacional.

Várias pesquisas acadêmicas procuram estudar a rede de relações e a construção de significados para um desenvolvimento saudável. Creio que a pedagogia da presença é uma pedagogia de tornar-se presente-presença e nós educadores somos desafiados para escutar, ver e sentir o sonho das outras pessoas. Assim, finalizo esta reflexão com a poética de Rubem Alves:

"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança:
tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores [e educadoras], antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deviam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.
"
 
* Colunista - Linha Direta www.linhadireta.com.br
Fonte: Revista Linha Direta: Inovação - Educação - Gestão.  Janeiro, 2013, p.42.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

FELICIDADE E SONHO


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Janeiro 2013!
Expressões "Felicidades", "Paz", "Amor", "Sucesso" ... são escritas e pronunciadas.
 
Segundo Aristóteles - Felicidade é ter o que fazer, ter algo para amar e algo para esperar.
 
Para você o que é a FELICIDADE? E quais os seus SONHOS?
 
O ser humano sonha com felicidade, paz, amor, sucesso... e espera concretizar seus desejos mais profundos.
O ser humano sonha e espera... fala e cala... caminha e muitas vezes volta para trás ou fica parado no "ar" dos acontecimentos.
A complexidade da vida é uma oportunidade para  passos renovados e firmados nos valores que sustentam o desejo de avançar, criar asas e voar.
Que o ano 2013 seja para você leitor, leitora, um  tempo de descobertas significativas e redescobertas do que é essencial na vida.
Que o ano 2013 seja de "luzes" para os nossos olhos!
Abraço, Eliane Azevedo