domingo, 23 de junho de 2013

A FILOSOFIA NAS RELAÇÕES HUMANAS


Hoje pensei em cultivar um tempo de silêncio e ler algo de filosofia. Olhei para a estante e deparei com um livro de filosofia do Ensino Médio. Comecei a leitura e pensei Como será uma viagem em terras distantes e desertas? Como os jovens vivenciam a experiência de estar só no meio de tantas informações, atropelos e velocidade?  
Fechei o livro e resolvi sair em busca de uma estrada que conduzisse ao silêncio-deserto. Neste espaço recordei que a filosofia é um conteúdo nos currículos escolares e que a educação para o pensar precisa possibilitar uma reflexão sobre a busca humana pelo sentido do viver no chamado tempo da “modernidade líquida”. Encontrei uma pessoa na estrada e ela me disse “Estou só com o meu pensamento”. E escutando-a pude escrever algo sobre a experiência de deserto nas relações humanas.
cf.google imagem
O ser humano quando mergulha no mais profundo de si percebe que tudo na vida é passageiro e que em muitos momentos é preciso cultivar a experiência de deserto.
No deserto experimenta-se o vazio, o estar só, o sofrimento de andar, andar e não vislumbrar a água que sustenta um novo encontrar-se e encontrar com as pessoas. No deserto experimenta-se a condição humana da fragilidade e a luta para não aceitar a realidade tal qual é. A terra do coração e da mente humana começa ficar sedenta das águas que refrescam, suavizam e sustentam a novidade do caminhar com esperança no mundo de incertezas. Caminha-se quilômetros e não se vê nada. Caminha-se quilômetros e não se ouve nada... Todos os seres vivos estão ausentes. Noites e dias caminha-se no calor da busca.  Pronto! O ser humano entra no deserto e não tem outra saída a não ser viver este tempo com o sonho de sair do deserto com uma nova face, um novo pensar e sentir, um novo olhar para si, para a natureza e para todas as pessoas.
Mas, o deserto se transforma no espaço-tempo de encontro com a força interna para o redirecionamento da vida por meio de escolhas do que vale a pena e do que importa viver.   Zigmund Bauman definiu tudo o que é passageiro, imediato, supérfluo no termo “modernidade líquida” e o filósofo Gaston Bachelar escreveu “eu sou o limite de minhas ilusões perdidas”.  Assim, nós somos o limite das nossas buscas sem sentido e precisamos retomar o passo do sentido do viver humano com a beleza de ser o que somos e aprender a superação do caminho do deserto, sempre que ele for necessário para o nosso crescimento pessoal e social.
Educadores, nós somos chamados para uma educação criativa e reflexiva no mundo atual e para ajudar as crianças, jovens no aprendizado de que “tudo tem o seu tempo e a sua hora”. A geração presente e  futura precisa de uma educação reflexiva!!!
Cultive um momento de reflexão.  Deixe fluir algo criativo em seu viver e agir.
Abraços, Eliane Azevedo.

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

SINTONIA NA COMUNICAÇÃO

cf.  google imagem
 
Nas escolas, nas famílias e em todos os espaços do viver humano precisamos escutar a voz dos gestos, a voz do silêncio e a vibração alegre na sintonia da comunicação.
 
Os gestos falam o que o coração cala.
Os gestos falam o que o coração sente.
Os gestos falam o que a mente pensa.
Os gestos  revelam uma sintonia ou uma desarmonia.
E os gestos são gestos...
 
Uma criança diante de uma flauta disse "eu não sei tocar flauta, mas vibro de alegria quando ela toca". Assim é na comunicação humana, nós vibramos de alegria quando sentimos a sintonia na comunicação. Mesmo com a "fluidez de sentimentos" na época atual, a sintonia é preciosa e é uma riqueza imensa quando cultivada.
 
No mundo em que vivemos, com tantos atropelos e informações, podemos vibrar com a profundidade do viver e cultivar a sintonia com o "belo" que emerge no silêncio, nas palavras e nos gestos.
 
Escute o som de uma flauta! Vibre com a sintonia dos sons e sorria para o que importa no mais profundo de seu coração.
 
Desejo a você  uma feliz sintonia na comunicação.
Abraços, Eliane Azevedo