Para a época em que vivemos, uma frase de Einstein é muito pertinente: "A imaginação é mais importante do que o conhecimento". Ela apresenta-se como uma força dinamizadora para a transformação do conhecimento em algo novo. Na sociedade atual, marcada pelo impacto da velocidade das informações, conectividade, intangibilidade, mudnaças e inovações, pensar em "imaginação" é pensar no real e no simbólico, é romper limites e esquemas cristalizados, é pensar no desenvolvimento de habilidades e competências, é possibilitar a construção de ações criativas na solução de problemas e na fidelização aos objetivos propostos, édesenvolver uma visão motivada para o futuro. Portanto, um dos grandes desafios na gestão educacional é a mudança pessoal, e não apenas a mudança no sistema de modernização operacional.
O filme O Mágico de OZ apresenta algumas propostas interessantes para discussão, no que se refere a relações estabelecidadas no ambiente institucional. Depois de um ciclone, a personagem Dorothy e seu cão Totó são levados para uma terra distante. O desejo dela é voltar para casa: "A nossa casa é o melhor lugar do mundo". E a nossa instituição educacional é a melhor casa do mundo? Quais os desejos potenciais dos membros da nossa organização? Quais as situações-limite no ambiente interno e externo? Quais os objetivos e metas? Qual o nosso plano de ação? Perguntas dos nossos planejamentos estratégicos, respostas que vão sendo construídas no percurso do caminho empreendido.
Interessante é que a equipe de Dorothy tinha um objetivo comum - encontrar o Mágico de Oz para alcançar o que desejavam. O Espantalho desejava ter um cérebro; o Homem de Lata, um coração; e o Leão, coragem. No caminho, encontram a bruxa das dificuldades e foram aprendendo a reconhecer as diferenças e as necessidades de cada um, enfrentando e superando as situações-limite, transformando as adversidades em oportunidades. Quando encontram o famoso Mágico de Oz, compreendem que tudo o que buscavam estava dentro deles mesmos e que o potencial criativo para alcançar os objetivos está dentro de cada um.
Dessa história, surgem algumas leituras para a gestão educacional: liderança compartilhada e transformacional - caminhando em equipe, definindo a visão e a missão de maneira clara, estabelecendo objetivos e metas pontuais, acreditando que o poder para a mudança e a transformação está dentro da própria equipe; espiritualidade na instituição - a força motriz para a qualidade de vida; comunicação interpessoal; respeito às diferenças; construção da identidade coletiva; cultura do comprometimento; formação continuada da equipe, em prol da construção de uma instituição educacional reflexiva, interativa, dialógica e transformadora.
Assim, podemos sonhar, repensar a vida pessoal e institucional, repetindo a brilhante frase de Guimarães Rosa "O importante não é chegar nem partir, é a travessia".
Fonte: Revista Linha Direta
SILVA, M.E.A. Transformando adversidades em oportunidades. In: Revista Linha Direta, Educação, por Escrito. Belo Horizonte, Outubro 2010, p.32
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