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Richard Bach na obra "Fernão Capelo Gaivota" apresenta a travessia do voo de um aprendiz.
O autor escreve sobre uma gaivota diferente de todos os outros pássaros. Ela está preocupada com a beleza do voo e em superar os limites. Na travessia do voo ela sofre um acidente, morre e é na dor que conhece o paraíso e compreende a grandiosidade da liberdade interior para voar, amar e perdoar. A metáfora do voo é magnífica e provoca uma reflexão crítica para acreditar nos próprios sonhos, buscar o que se quer, fixar os olhos na meta e ter a coragem de ser fiel no que acredita e em quem acredita, mesmo que os outros não entendam, julguem ou conspirem contra o que gratuitamente deseja para alcançar para o bem comum.
Na sociedade atual marcada pela velocidade das informações e pela complexidade nas relações interpessoais é essencial o desenvolvimento da coragem de ser livre e buscar propósitos mais nobres na vida. Fernão, uma gaivota banida do bando, um pássaro que tem valores profundos para o viver e o conviver. Um pássaro que experimenta o silêncio, a dor e a liberdade. Um pássaro que experimentou a tristeza por não poder compartilhar os conhecimentos adquiridos com o processo de treinamento cotidiano, mas que soube aprender a alegria que só quem tem os olhos fixos na meta pode compreender. O ser humano é um eterno aprendiz da simples arte de compartilhar sonhos e lutar para uma transformação pessoal e coletiva que revele ao mundo o sentido profundo do nascer – viver – morrer – renascer.
Creio que no processo de aprender a voar é importante: a consciência de si - limites e potenciais; definição da meta a ser alcançada; coragem para a superação das contrariedades e contradições - barreiras relacionais; paixão e treinamento de novas técnicas para aprimorar o voo no encontro consigo, com os outros, com o mundo e com Deus - Transcendente; cultivo de valores e atitudes edificantes: persistência - amor - perdão - cura - libertação - doação; celebração da vida com fé e busca contínua do aprendizado de voar para além de si e da superficialidade da existência; foco no sentido da vida e nos valores mais nobres do viver e conviver. Enfim, paciência inteligente, doçura e disciplina interior pode nos levar a voos maiores e a concretização de nossos sonhos. Não percamos tempo com a ignorância que nos fixa no materialismo da existência, mas vamos sonhar juntos com o valor maior da VIDA - o amor gratuito que se faz gesto firme e terno para que as pessoas sejam mais felizes na travessia do próprio ser em relação com os outros.
Transcrevo algumas frases do livro e da música Be - Neil Diamond apresentada no filme "Fernão Capelo Gaivota":
- "Você tem a liberdade de ser você mesmo, você de verdade, aqui e agora, e nada pode impedir o seu caminho".
- "A liberdade é a essência de todo ser".
- "A única Lei verdadeira é a que nos liberta".
- "Você tem que praticar e ver o bem em cada um e ajudá-lo a ver também. É isso que significa amar".
- "Como uma canção em busca de uma voz que é silenciosa. E o Deus Sol dará sentido ao seu caminho. O Deus sol comporá o seu caminho".
Educadores! Vamos reler a obra de Richard Bach e repensar a nossa proposta de educação integral do ser humano!
Desejo uma feliz reflexão para você.
Abraços, Eliane Azevedo
Nossa, Eliane, acabo de ler o seu texto emocionada! Pessoas carismáticas são sensíveis às mudanças, não aceitam a mesmície, mas sabem tirar proveito do ritmo, tempo, clima e do espírito de qualquer situação. Encontram razão de ser para todas as situações, tem discernimento, coragem, motivação, esperança e acreditam nos planos de Deus e em seus próprios sonhos. Seu texto traz uma lição de superação, determinação, coragem e perseverança. É, com certeza, um hino à liberdade. Criai asas, tudo tem seu tempo. É agora o tempo favorável. Obrigada, pela reflexão. Abs. Alicerje
ResponderExcluirAlicerje
ExcluirEste é o processo do viver e conviver!!!
A vida nos surpreende e Fernão Capelo Gaivota é uma linda inspiração para todos os momentos do existir. Grata pelas palavras.