google imgaem |
Nesta manhã, quando falava ao telefone com uma criança de cinco anos, recordei de um encontro familiar no período de férias. O menino diante de uma mesa de refeição, com uma garrafa de vinho e algumas taças, fala para a mãe “vamos fazer o ‘tim tim’ do vinho”. A mãe coloca água e um pouquinho de vinho. Mas o menino contesta “eu quero vinho puro, porque sei que o vinho é como um sentimento bonito que faz o brinde da vitória”. Perplexa com a resposta, eu fiquei observando a cena. A mãe coloca um “dedinho” de vinho puro e o menino sorri, brinda com a mãe e somente depois convida os demais para brincar de “tim tim”.
Uma cena simples, mas profunda na sabedoria de um coração de criança. Comecei pesquisando o sentido simbólico do vinho, as estrelas de produção no mercado internacional, a espiritualidade contida no gesto de compartilhar significados para além de uma taça de vinho.
Procurando sistematizar alguns pensamentos:
· o vinho é uma bebida bíblica - expressa a sabedoria do coração e a profundidade dos rituais e celebrações...
· o valor benéfico do vinho à saúde é conhecido desde a Antiguidade - além de antioxidante, ele apresenta propriedades antiinflamatórias, antitumorais, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares; diminui chances de pedras nos rins; contribui para melhorar a atitude psicológica; protege contra o mal de Alzheimer...
· o gesto silencioso de abrir uma garrafa de vinho, retirando a rolha que aprisiona anos em aromas expressa a busca do ser humano pelos encontros que conduzem ao sentido do bem-viver...
· em muitos momentos, somos como os enólogos diante do vinho da vida – tomamos decisões e muitas vezes somos como os enófilos que para uma decisão precisamos de um pouco de vinho...
E assim, fico pensando na frase do poeta inglês, Edward Young: "A amizade é o vinho da vida."
Um abraço “tim tim” para os meus queridos leitores.
Eliane Azevedo
Para refletir:
No cotidiano das relações educacionais, entre as crianças e os adultos, como podemos cultivar o sentimento do bem-viver e bem-estar com as pessoas?
Como podemos potencializar a tomada de decisões assertivas e saudáveis no contexto familiar, educacional e social?