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Interessante,
que nesta manhã, um educador compartilhou, nas redes sociais, o vídeo - As cores das flores.
Vendo as imagens e ouvindo as palavras fiquei tocada pelo sentimento maior de apreço às cores da vida, emergindo uma reflexão sobre A VISÃO E A COR.
Academicamente discute-se a cor como uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre as células da retina, produzindo informações para o sistema nervoso.
A nossa percepção visual reconhece o vermelho das flores, mas muitas vezes a nossa percepção afetiva está ofuscada e cega, não percebendo o brilho do vermelho ou de outras cores na vida.
VISÃO E COR - uma conexão para além de objetos. O filme retrata bem esta reflexão.
COR está na raiz da palavra CORAÇÃO.
Assim, podemos estabelecer uma relação com o pensamento de Gilles Deleuze, na obra Imagem-movimento - "A cor é o próprio afeto, isto é, conjunção virtual de todos os objetos que ela capta".
Nas travessias da existência, muitas vezes, a cegueira afetiva bloqueia o processamento de informações que possam transformar o nosso modo de ver, sentir, viver, agir, respeitando o ciclo natural da vida. A ansiedade e a aceleração de tantas informações corroem o nosso tempo de dar tempo para o processo de aprender. Cada flor tem o seu tempo de germinar e deixar fluir a sua cor.
Uma das coisas que precisamos aprender é - dar tempo ao "eu" para filtrar a potencialidade das cores, para aprender com os outros o significado das mesmas e ultrapassar qualquer limite. O filme nos aponta que a cor, a visão e o coração estão conectados no sentido maior do VER a vida com novos olhos e na construção de um conhecimento que fica para sempre. Uma aprendizagem verdadeiramente significativa emerge das relações de afeto e esta vinculação produz novos conhecimentos. A criança do filme é brilhante e expressa o aprendizado da COR e do CORAÇÃO.
Assistam o filme!
Continuemos a reflexão...