terça-feira, 13 de setembro de 2011

A VISÃO E A COR: UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

(google imagem)


Interessante,
que nesta manhã,  um  educador compartilhou, nas redes sociais, o vídeo - As cores das flores.

Vendo as imagens e ouvindo as palavras fiquei tocada pelo sentimento maior de apreço às cores da vida, emergindo uma reflexão sobre A VISÃO E A COR.

Academicamente discute-se a cor como uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre as células da retina, produzindo informações para o sistema nervoso.
A nossa percepção visual reconhece o vermelho das flores, mas muitas vezes  a nossa percepção afetiva está ofuscada e cega, não percebendo o brilho do vermelho ou de outras cores na vida.
VISÃO E COR - uma  conexão para além de objetos. O filme retrata bem esta reflexão.

COR  está na raiz da palavra  CORAÇÃO.
Assim, podemos estabelecer  uma relação com o pensamento de Gilles Deleuze, na obra Imagem-movimento - "A cor é o próprio afeto, isto é, conjunção virtual de todos os objetos que ela capta".

Nas travessias da existência, muitas vezes, a cegueira afetiva  bloqueia o processamento de informações que possam transformar o nosso modo de ver, sentir, viver, agir, respeitando o ciclo natural da vida. A ansiedade e a aceleração de tantas informações corroem o nosso tempo de  dar tempo para o processo de aprender. Cada flor tem o seu tempo de germinar e deixar fluir a sua cor.

Uma  das coisas que precisamos aprender é  - dar  tempo ao "eu" para filtrar a potencialidade das cores, para aprender  com os outros o significado das mesmas e ultrapassar qualquer limite. O filme nos aponta que a cor, a visão e o coração estão conectados no sentido maior do VER a vida com novos olhos e na construção de um conhecimento que fica para sempre. Uma aprendizagem verdadeiramente significativa emerge das relações de afeto e esta vinculação produz novos conhecimentos. A criança do filme é brilhante e expressa o aprendizado da COR e do CORAÇÃO.
Assistam o filme!
Continuemos a reflexão...
Abraços, Eliane Azevedo

Publicação na coluna de Eliane Azevedo - http://www.linhadireta.com.br/

domingo, 11 de setembro de 2011

O VENTO E A ÁRVORE

(cf. google imagem)



Pensando na força do vento e das árvores, lembrei do filme  E O VENTO LEVOU, um filme americano de 1939. 


 
 
Existem pessoas vento e pessoas árvores. A força do vento atravessa as árvores, o vento passa e a árvore busca o novo equilíbrio. O vento passa, mas volta e volta com novo vigor. A árvore começa a fortalecer suas raízes e galhos na tentativa de experienciar a integridade e maturidade que está no seu campo de vida mais profundo. O vento cumpre sua tarefa e se vai, retornando sempre com novo significado e impulso para novas descobertas e enfrentamentos. O vento desafia para o ficar de pé, superar adversidades, ir para frente, sempre "avante". A árvore é desafiada para enraizar-se no essencial e buscar a energia que harmoniza e integra. O vento é ar, quer liberdade para fluir, para ir e vir.  A árvore é terra, quer segurança para ser tocada pela força do vento.  Uma conexão estabelecida pelos pontos de diferenças, algo que encanta e aponta o mistério de sermos parte da natureza, evoluindo no ciclo da vida.

Precisamos recuperar o sentido das palavras e do viver. O vento levou algo de mim... o vento levou algo do outro... o vento levou algo da civilização... mas não leva o essencial e o que dá sentido ao existir. A força do vento atrai novos ares e inova a humanidade.

Vamos refletindo e valorizando os ventos e as árvores da travessia da vida.
Grande abraço, Eliane Azevedo